João Teodoro da Silva
Presidente – Sistema Cofeci-Creci – 07/MAI/2021

O ser humano comunica-se, desde o nascimento, por meio do choro, em frequência de 240
Hertz. A dor e o prazer manifestam-se em frequências diferentes, logo percebidas pela mãe.
A comunicação profissional, no entanto, exige dosagem e estrutura. Movimentos, tom de
voz, pausa, olhar, expressão facial, tudo é comunicação. Com base na neurociência, Mara
e Marisa comentam dez interessantes dicas para a comunicação de sucesso.

- É impossível não se comunicar. A comunicação é ferramenta da sobrevivência, e
todos podem ser comunicadores. Quem não o é por natureza, pode ser treinado para sê-lo. - Nosso cérebro é social. O cérebro é formatado para trabalhar em rede. O tempo
todo captamos e enviamos informações por meio dele. Somos seres superiores graças ao
cérebro. A sobrevivência depende da comunicação, mas é preciso dosá-la. O mau
comunicador afasta interlocutores. - O poder da comunicação. Frases curtas, como “eu te amo”, mesmo ditas a
distância ou escritas, causam forte impacto. Alteram o batimento cardíaco, a respiração, e
até o metabolismo do receptor da mensagem. O odor, expressão corporal, sons vocais,
toque, olhar, tudo comunica. Só os humanos usam palavras. É uma imensa vantagem. Mas
a comunicação eficiente depende das palavras certas. - Consciência na comunicação. Seja consciente ao escutar e falar. Escutar com
consciência é escutar além das palavras. O bom comunicador é, sobretudo, bom ouvinte. A
mensagem recebida, verbal, escrita ou gestual, é imediatamente processada pelo cérebro. - A comunicação pode ser comprometida por ruídos. Ruídos externos são os que
podemos ouvir, num canteiro de obras, por exemplo. Os internos, podem ser a experiência
de vida, a cultura, a emoção, o humor, o interesse, os vieses, os boatos; tudo influencia a
comunicação. É importante prestar atenção ao que se ouve. Atitudes corretas dependem
disso.Extrovertido x introvertido. Pessoas extrovertidas comunicam muito rápido. O - interlocutor não consegue processar. Prejudica negociação. O introvertido, ao contrário, em geral é ótimo observador e pensa antes de falar. A comunicação lenta, entretanto, pode estressar o interlocutor e atrapalhar o negócio. O melhor é combinar as duas. O ideal é ser ambivertido.
- Foco, contexto e interlocutores. Bom comunicador é bom ouvinte. Ao falar, é preciso focar no que é mais importante. Selecionar o texto de acordo com o contexto do interlocutor é fundamental.
- Seja assertivo. Ser elegante e educado é muito bom, mas ir direto ao ponto é indispensável. Evitar divagações. Em comunicação, prolixo é sinônimo de “para o lixo”.
- Excesso de informação confunde. Informar só o essencial. Quem deve dosar a informação é o receptor, não o informante.
- Canal de comunicação adequado. Canais ricos manejam diversas saídas de informações: palavras, tom de voz, expressão facial. Entretanto o melhor canal é o
- presencial. Os canais pobres oferecem apenas uma ou duas saídas. Mensagens de pouca importância podem ser passadas por meio de canais pobres. Porém mensagens mais complexas precisam de canais ricos.
- Empatia na diversidade. Empatia é a capacidade de colocar-se no lugar do interlocutor para melhor compreendê-lo. No mundo atual, quem vende tem de saber lidar com tanta diversidade: religiosa, racial, sexual, de cor… Para isso, tem de ser necessariamente empático!
